terça-feira, 26 de março de 2013

A SECA ENCARECE ENERGIA ELÉTRICA NO NORDESTE



   1. A seca que castiga o Nordeste desde o ano passado e a falta de chuvas regulares no Sul/Sudeste vão fazer com que as usinas témicas fiquem ligadas a plena carga, em 2013, afastando prováveis riscos de racionamento e apagões como os que aconteceram em Brasília no último final de semana, e o custo da energia vai subir. No final, mesmo o governo subsidiando essa conta em R$11 bilhões, adiante sobrará para quem consome.

   2. Hoje, o governo federal gasta com as térmicas R$2.6 bilhões, mas, como o nível dos reservatórios das hidrelétricas está baixo segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a  estimativa é de que essa conta atingirá R$11 bi, em 2013.

   3. O custo com as térmicas é pago pelas distribuidoras de energia às usinas, mas, para evitar que essa despesa seja repassada à conta de luz (agora com promessa de redução em até 18%), o governo federal lançará mão dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir o buraco e a presidente Dilma já assinou o decreto 7945 determinando esse uso.

   4. Esta foi a fórmula encontrada pelo governo para que a redução das tarifas não seja anulada de imediato. A outra é rezar para São Pedro pedindo água para encher os reservatórios das hidrelétricas que estão com capacidade entre 42% (NE) 49% (Centro-Oeste). De toda sorte, a diluição desses custos voltará a conta do consumidor, a médio prazo, escalonado em 4/5 anos, porque senão os recursos do CDE para universaliação do sistema ficarão comprometidos.

   5. O governo federal está numa camisa de força enorme e a Copa do Mundo 2014 exigirá muito mais energia. Daí que, por enquanto, as térmicas (poluidoras) são a única solução à vista.

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