segunda-feira, 22 de julho de 2013

COM OS JUROS ALTOS CRÉDITO FICA MAIS CARO.


Rode Anhaia, abriu salão de beleza após disciplinar uso do cartão de crédito
Foto: FOTO: Arquivo pessoal
Rode Anhaia, abriu salão de beleza após disciplinar uso do cartão de crédito FOTO: Arquivo pessoal
SÃO PAULO — O brasileiro que está planejando recorrer ao crédito, em empréstimos pessoais ou no cheque especial, deve ficar atento a um movimento detectado por duas pesquisas recentes feitas junto aos bancos e financeiras. As taxas voltaram a subir e devem ser elevadas ainda mais nos próximos meses. O Procon de São Paulo verificou aumento nos juros cobrados pelos bancos em empréstimos pessoais e no cheque especial. A Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) chegou à conclusão similar, depois que o BC elevou a Selic de 7,25% para 8,5% entre março e julho.
— As taxas de juros ao consumidor caíram nos últimos dois anos no Brasil, mas ainda estão num dos patamares mais elevados do mundo. Quem usar o crédito sem observar a taxa de juro pode provocar um estrago no orçamento da família — diz Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).
No cheque especial, segundo o Procon, a taxa mensal pulou de 7,93% para 7,95% ao mês. Na prática, isso significa que uma dívida de R$ 1.000,00 no cheque especial pode chegar em 12 meses a R$ 2.498,65, caso o consumidor não faça nenhum pagamento no período. Já num empréstimo pessoal de banco, paga-se uma taxa anual de juro de 43,24%, segundo a Anefac. Se a pessoa for pedir dinheiro numa financeira, a taxa salta para 124,21% ao ano. Isso sem falar no cartão de crédito, que cobra juro de 150% em 12 meses. Nessa modalidade, R$ 1.000,00 rolados durante 12 meses se transformam em R$ 3.047,23.
— Os juros continuam altíssimos e ainda vejo muita gente que tem dívidas no cartão de crédito colocando dinheiro na poupança, que rende cerca de 5% ao ano. Nesse caso, é melhor pegar o dinheiro e pagar o que for possível no cartão de crédito — diz o educador financeiro Mauro Calil.

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