sábado, 20 de julho de 2013

DILMA DESISTE DE DISCUTIR REFORMA POLÍTICA COM O P.T.


A presidente da República, Dilma Rousseff, ao lado do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante reunião com representantes do movimento negro
Foto: Givaldo Barbosa / O Globo
A presidente da República, Dilma Rousseff, ao lado do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante reunião com representantes do movimento negro   
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff desistiu de comparecer à reunião do Diretório Nacional do PT neste sábado, em Brasília. O gesto seria um esforço de reaproximação com o partido, que tem criticado muito a condução do governo. Havia o risco, porém, de o encontro ser esvaziado. O clima está tão ruim que integrantes do colegiado estavam dizendo que não passariam parte do final de semana na capital federal só para ouvi-la.

Em reunião hoje da corrente majoritária do PT, o ex-ministro José Dirceu defendeu que o partido insista na ida da presidente Dilma ao encontro do Diretório. Para cancelar ela alegou que fará uma reunião com ministros, pela manhã de sábado, para discutir os atos de violência no Rio e a segurança do papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude. O presidente do PT, Rui Falcão, vai tentar convencê-la a participar na parte da tarde.
Apesar de haver grande insatisfação entre os petistas com a articulação política e a comunicação do governo, a pauta oficial da reunião deve ser a defesa de uma reforma política. Assim como a Executiva do PT fez no início do mês, o Diretório Nacional deve divulgar documento de apoio à realização de um plebiscito sobre o tema com efeitos para as eleições do ano que vem.
Essa proposta de plebiscito, feita pela presidente Dilma, já foi enterrada pelos líderes da base aliada na Câmara. Mesmo assim, o PT insiste. O partido se agarrou à defesa da reforma política como bandeira ética, em contraponto ao escândalo do mensalão, e como uma forma de dar suporte a Dilma.
A proposta de plebiscito sobre reforma política foi uma das respostas dadas por Dilma para tentar aplacar a insatisfação dos manifestantes que ocuparam as ruas do país em junho.


L

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