sábado, 20 de julho de 2013

MALA DE DEPUTADO É ROUBADA COM CEM MIL REAIS.


Os R$ 100 mil em espécie roubados em junho de um assessor do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), seriam usados para saldar parte da compra de um apartamento pelo deputado, por R$ 1 milhão.
Em entrevista à Folha nesta semana, Alves admitiu que o dinheiro roubado de Wellington Ferreira da Costa em 13 de junho, em Brasília, era seu, proveniente de um empréstimo do Banco do Brasil.
Ele afirmou que o dinheiro seria usado para compromissos pessoais e não quis entrar em detalhes sobre a destinação (leia texto nesta página).
André Borges - 12.jun.2013/Folhapress
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
O inquérito instaurado na Polícia Civil de Brasília corre em segredo. Passado mais de um mês do roubo, o boletim de ocorrência e os depoimentos não podem ser consultados na Delegacia de Repressão de Roubos e Furtos da Polícia Civil do Distrito Federal.
Segundo a Folha apurou na delegacia, não é normal haver sigilo em casos de roubo, a não ser que haja pedido feito por alguma autoridade. O delegado do caso, Fernando César Costa, recebeu ordens expressas para não falar sobre o caso. Ele está em férias e, nas palavras de um integrante da polícia, "colocou o caso debaixo do braço''.
O assalto sofrido por Wellington aconteceu no Setor de Clubes Sul, na capital federal. Segundo o relato do assessor parlamentar, dois assaltantes bateram em seu carro, se identificaram como policiais civis e levaram, além de uma maleta com o dinheiro, um telefone e um tablet, que foram descartados depois.
O dinheiro fora sacado dois dias antes no Banco do Brasil, onde Alves contraiu empréstimo para amortizar a compra de um apartamento na avenida Beira-Mar, em Natal, adquirido do também deputado João Maia (PR-RN).
À Folha Maia confirmou a venda do imóvel, no ano passado. Segundo o deputado, Alves lhe deu R$ 500 mil à vista e ficou de pagar outros R$ 500 mil em parcelas.
Os R$ 100 mil extraviados seriam a primeira dessas amortizações. "A venda está, inclusive, registrada no meu Imposto de Renda, com os valores e tudo. Ele havia combinado de me pagar, mas houve esse problema'', afirmou ele ontem, por telefone.
O imóvel é ocupado pela ex-mulher de Alves, Priscila Gimenez, que não quis se manifestar sobre o assunto.
OUTRO LADO
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), disse em entrevista à Folha e ao UOL na última quarta-feira que os R$ 100 mil roubados de seu assessor Wellington Ferreira da Costa eram seus, fruto de um empréstimo contraído junto ao Banco do Brasil dois dias antes.
"É um assunto privado, particular, um dinheiro que era meu, tenho como provar. Fiz um empréstimo de R$ 100 mil. Dinheiro meu, que estava sendo conduzido.

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