segunda-feira, 19 de agosto de 2013

OPOSIÇÃO ELOGIA ESCOLHA DO PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA.


BRASÍLIA - O subprocurador-geral Rodrigo Janot, indicado pela presidente Dilma Rousseff para chefiar a Procuradoria Geral da República, deverá ter o nome aprovado em sabatina no Senado sem maiores problemas. Dois dos principais líderes de oposição, os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e José Agripino Maia (DEM-RN), disseram que não veem problema na indicação. A data da sabatina deve ser marcada esta semana pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Vital do Rêgo (PMDB-PB).
— Não vejo razão para que se tenha uma expectativa desfavorável. É uma figura contra quem nada pesa — disse Agripino.
Num gesto pouco comum, o líder do DEM elogiou a escolha. Segundo ele, a presidente acertou porque escolheu o primeiro colocado na votação interna do Ministério Público Federal. Para Agripino, se Janot é o preferido entre procuradores, é natural que seja o nome indicado para a vaga deixada pelo ex-procurador-geral Roberto Gurgel. No entendimento no senador, a presidente respeitou a “hierarquia das preferências”.
Álvaro Dias disse que o nome de Janot deve ser aprovado sem turbulências na CCJ e no plenário do Senado. Embora conheça pouco a trajetória do subprocurador, diz que até agora não há nada que dificulte a chancela do Senado à indicação da presidente.
— Não acho que vamos ter grandes embates — disse Dias.
Durante a sabatina, Janot deverá ser questionado sobre temas espinhosos, como o mensalão. Mas, para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho, a questão não é mais uma preocupação. Segundo ele, o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) está praticamente encerrado, e o procurador-geral terá influência mínima nas futuras decisões.
— O que tinha para ser feito já foi feito. O julgamento está consumado. O procurador-geral não será mais protagonista de mudanças significativas pelo simples fato de que ele não tem mais (tecnicamente) como fazer isso — disse Camanho.
Janot foi indicado para a vaga de Gurgel no início da noite de sábado. Dilma chamou o subprocurador para uma reunião no Palácio da Alvorada e o informou de que ele fora escolhido. Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia Geral da União, Luís Adams, participaram do encontro. Na eleição interna do Ministério Público, Janot foi o primeiro colocado com 511 votos. A segunda colocada, Ela Wiecko, obteve 457.
Após a eleição, Janot combinou chamar a colega Ela para ocupar o cargo de vice-procuradora-geral, caso tivesse o nome indicado pela presidente. Mas os dois se afastaram na última semana por conta de boatos que tentavam minar a candidatura de Janot. Procurado pelo GLOBO, Janot não quis dar entrevista

Nenhum comentário:

Postar um comentário