terça-feira, 26 de novembro de 2013

MINISTRA PODE SER CANDIDATA AO SENADO PELO P.S.B.

Lídice avalia Eliana Calmon como possível ‘resposta’ a protestos; Rede aposta em nova força política
Foto: Bahia Notícias / Divulgação
A chegada da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, ao cenário político baiano (ver aqui) pode ser encarada como a segunda grande surpresa do PSB para as eleições de 2014, que teve como principal reviravolta a decisão da ex-senadora Marina Silva de se filiar ao partido, após a tentativa frustrada de colocar a Rede Sustentabilidade no pleito do ano que vem. Calmon entregou nesta segunda-feira (25) o pedido de aposentadoria a Corte, um ano antes de ser aposentada compulsoriamente, e será anunciada – entre os dias 18 e 20 de dezembro – como candidata do PSB ao Senado, em meio a lamentação do Democratas (ver aqui). Eliana chegou ao STJ em 1999, como a primeira mulher no cargo, e também foi Corregedora Nacional de Justiça entre 2010 e 2012, quando ficou nacionalmente conhecida ao alertar para a existência dos “bandidos de toga”. A festa terá a presença do presidente nacional da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, além de Marina Silva, sendo que o evento também vai oficializar a candidatura da senadora Lídice da Mata ao governo do Estado. Em conversa com o Bahia Notícias, Lídice avaliou a possibilidade dos eleitores considerarem a candidatura de Eliana Calmon uma “resposta” as manifestações que acontecem no Brasil desde junho, protestos que tem entre as reivindicações os pedidos por renovação na política e combate a corrupção. “Eu acredito que sim, mas são especulações. Isso só pode ser medido durante o processo eleitoral. O que acho é que a ministra é uma grande figura política. Ela apenas não é uma política, mas ela conhece de política. É um quadro da vida pública, uma magistrada”, resumiu a senadora. Outro possível destaque da chapa, ponto considerado “notório” pela senadora baiana, é o fato de duas mulheres concorrerem aos dois cargos de maior destaque, enquanto as outras chapas devem ter apenas homens tentando chegar ao Palácio de Ondina e ao Senado. Lídice já foi candidata na configuração que ficou conhecido como “As três Marias”, quando tentou chegar ao governo do Estado em 1990, ao lado de Salete e Beth Wagner.
 

Foto: Facebook Júlio Rocha
 
O evento para anunciar as candidaturas será marcado também pela defesa de um “novo caminho político”, no qual o PSB baiano não se colocará como oposição ao governador Jaques Wagner (PT), mas sim como outra possibilidade. “O PSB é um caminho próprio, não marcará sua campanha pela crítica, mas sim através de novas propostas e uma nova forma de fazer política, até por romper com o bem estar de ser do governo”, destacou a socialista, que citou como exemplo a garantia de que o partido “não vai fazer alianças pensando apenas em horário eleitoral”, mas sim no “desafio de apresentar nomes”. Também em dezembro o PSB baiano entrega os cargos no Executivo, assim como aconteceu no governo federal. Mesmo assim, Lídice garante que as relações com Wagner “estão ótimas”. “Eu e o governador temos conversas francas, somos políticos experientes, maduros e democratas. O governador sabe os passos que estamos dando”, pontuou. Os integrantes da Rede na Bahia também comemoraram a chegada de Eliana Calmon ao PSB, legenda na qual se filiaram os membros do partido de Marina Silva. Um dos dirigentes da Rede no estado, Júlio Rocha declarou que se trata de uma “mudança na correlação de forças para o Senado”. “Existe um quebra-cabeça sendo formado na política baiana e tenho dialogado que precisamos ter cautela. Lídice pode ser uma alternativa concreta, inclusive de disputa no campo dos setores democráticos, dos profissionais liberais e intelectuais, por exemplo. Está se formando uma nova correlação de forças no campo da esquerda, com Lídice candidata ao governo”, pontuou. Os diretórios da Rede e PSB, que atuam de forma conjunta, se reunirão neste sábado (30) para continuar os debates em torno de uma “aliança programática”. Já no dia 15 de dezembro, é a vez dos diretórios nacionais dos dois grupos se reunirem para discutir as estratégias que serão seguidas também nos estados

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