quarta-feira, 28 de maio de 2014

PROCURADOR NEGA CENSURA NA OPERAÇÃO EM MATO GROSSO


Janot afirmou que a intenção era manter o foco na investigação (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Janot afirmou que a intenção era manter o foco na investigação

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse na terça-feira (27/5) que “não houve censura nenhuma” no pedido formulado por ele e acatado pelo ministro Dias Tofolli, do STF, determinando que integrantes da Polícia Federal não dessem quaisquer declarações sobre a fase cinco da Operação Ararath, que apurou crimes financeiros e lavagem de dinheiro em Mato Grosso e revelou o envolvimento de políticos. As declarações foram dadas depois de uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça sobre a reforma do Código Penal. “O que eu pretendi com isso é que a gente tivesse foco na própria investigação. A investigação tem um escopo, e esse escopo não pode ser driblado”, disse. Também ontem, a 5ª Vara de Justiça Federal em Cuiabá (MT) derrubou o sigilo das informações sobre a operação no estado. Informações sobre autoridades com foro privilegiado, entretanto, permanecem censuradas.

A abertura das informações em Mato Grosso foi emitida pelo juiz federal Jeferson Schneider, e torna disponíveis para a consulta pública a ação penal, o inquérito elaborado pela PF e os mandados de prisão preventiva emitidos contra investigados sem foro privilegiado. “O sigilo temporário foi necessário apenas para a obtenção de provas”, escreveu o juiz na decisão. Os desdobramentos da Ararath levantam suspeitas de irregularidades nos Três Poderes do estado. Entre os investigados com foro privilegiado estão o senador licenciado e ex-governador Blairo Maggi (PR) e o atual governador, Silval Barbosa (PMDB

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