quarta-feira, 11 de junho de 2014

EX DIRETOR NEGA ESQUEMA CRIMINOSO NA PETROBRÁS

Ex-diretor da Petrobras nega esquema e diz que não sabia que Youssef era doleiro
Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, negou nesta terça-feira (10), em depoimento à CPI do Senado, que a estatal funcionasse como “uma casa de negócios”. "Repudio veemente. (...) A Petrobras é uma empresa extremamente competente", declarou. Ainda de acordo com o ex-gestor, as acusações sobre a existência de uma organização criminosa dentro da companhia foram feitas de forma “antiética, sem provas”. "Eu repudio com muita veemência que a Petrobras seja uma empresa que era uma organização criminosa, que tinha uma outra pessoa que fazia lavagem de dinheiro", reforçou. Preso no dia 17 de março durante a operação Lava Jato, da Polícia Federal, Costa chegou a dizer que "pode se fazer auditoria por 50 anos na Petrobras, mas não vai se achar nada ilegal porque não há nada ilegal na Petrobras". Ele ainda lamentou a prisão, que não permitiu a apresentação de sua versão dos fatos, e afirmou que as denúncias representaram uma “pedra” na sua carreira. “Para mim foi muito ruim, porque 35 anos de Petrobras não se joga na lata do lixo como fizeram. Tenho família e nome a zelar", queixou-se. Sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef, apontado como líder do esquema de lavagem de dinheiro investigado pela PF, Costa negou ter conhecimento das atividades ilegais, embora tenha revelado um trecho de uma conversa que teve com o acusado. "'Paulo, eu posso te pagar essa consultoria em espécie ou posso te comprar um carro aqui'. Como eu estava precisando trocar de carro, falei: 'então, compra o carro no valor da consultoria. Aqui constam R$ 250 mil, mas, na realidade, a consultoria foi de R$ 300 mil'", relatou, sobre o carro encontrado com ele no momento de sua prisão.

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