quarta-feira, 18 de junho de 2014

FORNECEDORES DA PETROBRÁS FIZERAM DEPÓSITOS NA CONTA DE DOLEIRO


As investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, identificaram depósitos de empresas acusadas de desviar dinheiro da Petrobras para contas na Suíça atribuídas ao doleiro Alberto Youssef. Fornecedoras da petroleira, as empresas Sanko Sider e a OAS são apontadas como depositárias de quantias nas contas mantidas no exterior. Esta semana, o Ministério Público suíço bloqueou US$ 28 milhões vinculados à Lava-Jato e mantidos em cinco bancos do país europeu: US$ 23 milhões seriam do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, e outros US$ 5 milhões são atribuídos ao doleiro Youssef.

Alberto Youssef está preso desde março: suspeito de liderar quadrilha que movimentou recursos bilionários (Carlos Moura/CB/D.A Press)
Alberto Youssef está preso desde março: suspeito de liderar quadrilha que movimentou recursos bilionários


Informações que constam do documento do Ministério Público da Confederação Suíça apontam que as contas foram abertas em nome de 13 offshores. Segundo o jornal O Globo, as contas vinculadas ao ex-diretor da Petrobras, preso pela segunda vez esta semana, eram movimentadas por ele, pelas duas filhas e os genros. Assim, todos os envolvidos no esquema também passam a ser investigados pela Justiça suíça. A Polícia Federal apura se a quantia bloqueada no exterior é originária da compra da Refinaria de Pasadena (EUA) e das obras de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

As investigações mostram que a Sanko Sider pagou pelo menos R$ 10 milhões no fornecimento de tubos de aço para as obras da Refinaria Abreu e Lima. O montante era repassado a Youssef no Brasil por meio das empresas dele: a GDF Investimentos e a MO Consultoria, que traziam tubos da China. Entre 2011 e 2013, foram fechados 29 contratos de fornecimento. Porém, segundo a PF, os pagamentos ocorreram este ano

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