sábado, 14 de junho de 2014

ITÁLIA E INGLATERRA FAZEM O CLÁSSICO DOS CAMPEÕES


Treino da seleção italiana na Arena Amazônia, em Manaus
Treino da seleção italiana na Arena Amazônia, em Manaus (Ivan Pacheco/VEJA.com)
“Somos otimistas porque trabalhamos com vontade, com dedicação, não deixamos nada na mão do acaso. Estamos todos prontos”, garantiu Prandelli
No primeiro clássico entre campeões mundiais nesta Copa, Itália e Inglaterra querem manter o tom das partidas disputadas nos dois primeiros dias: com muita confiança, as duas seleções prometem uma partida intensa e de altíssimo nível. “Até agora, vimos um futebol bastante ofensivo, sempre com ambas as equipes atacando”, disse o inglês Roy Hodgson. “O Mundial começou com muitos gols e grandes jogos”, avaliou o italiano Cesare Prandelli. Na estreia das equipes na competição, neste sábado, às 19 horas (de Brasília), na Arena da Amazônia, em Manaus, ninguém se considera favorito, mas ambos os times se dizem prontos para começar o Mundial mostrando que são candidatos ao título. “Acho que chegamos fortes e temos uma boa chance nesse primeiro jogo”, disse Roy Hodgson. “Estou convencido de que nosso time tem as qualidades necessárias para triunfar. Não temos medo de nada”, afirmou Cesare Prandelli.
O gramado da Arena da Amazônia – cujo estado antes da Copa foi criticado, mas que foi considerado bom pelas duas delegações na véspera do jogo – será tomado por jogadores excepcionais neste sábado. Numa chance raríssima de acompahar de perto um duelo desse nível, a torcida amazonense verá nomes como Wayne Rooney, Steven Gerrard e Daniel Sturridge pelo lado inglês, Gianluigi Buffon, Andrea Pirlo e o sempre imprevisível Mario Balotelli com as cores italianas. Na véspera da partida, porém, as duas equipes falaram muito mais sobre seus méritos coletivos do que sobre o talento de atletas específicos – italianos e ingleses encaram o clássico como uma partida de muito equilíbrio, em que será preciso manter a atenção e seguir a estratégia de jogo nos 90 minutos, sem vacilos. “É preciso jogar com disciplina, não ter nenhum atleta expulso, não deixar que o time saia do jogo”, disse o capitão Gerrard.
O técnico Prandelli também quer uma Itália equilibrada e focada, sem usar qualquer dificuldade (como o calor, por exemplo) como desculpa para reduzir o ritmo. “O que espero ver é um time com uma continuidade de pensamento durante todo o jogo, que saiba se posicionar em toda a partida. Vou pedir aos atletas que fiquem no jogo o tempo todo”, afirmou, num discurso parecido com o dos ingleses. Para muitos, as condições climáticas adversas podem ser o ponto chave da partida, mas ninguém quis se esconder por trás desse problema – as duas seleções dizem estar satisfeitas com sua preparação. “Nós somos otimistas porque trabalhamos com vontade, com dedicação, não deixamos nada na mão do acaso. Estamos todos prontos”, garantiu Prandelli. Hodgson, por sua vez, disse que sua equipe está confiante com a preparação feita nas semanas que antecederam o início da campanha no Brasil: “Estamos preparados”.
Reencontro - O primeiro clássico do “grupo da morte” deste Mundial (além de Itália e Inglaterra, o Uruguai está na mesma chave e estreia em Fortaleza contra a Costa Rica, às 16 horas) pode ter gosto de revanche para os ingleses, que foram eliminados da Eurocopa de 2012 pelos italianos. No único jogo entre as seleções na história das Copas, a Itália também levou a melhor. Os técnicos, contudo, deixam de lado o retrospecto. “A história é a história, o presente é outra coisa”, disse Hodgson. “Num Mundial tudo começa no zero a zero. Além disso, a Inglaterra agora é um time diferente, que alterou sua forma de jogar desde 2012”, lembra Prandelli. O italiano, aliás, fez questão de elogiar a técnica e até a criatividade dos jogadores do ataque inglês, características que nem sempre são associadas ao English Team. “Ainda é um time organizado e fisicamente forte, mas também tem muita qualidade com a bola.”

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