sábado, 26 de julho de 2014

BANCO CRITICA DILMA EM CARTA PARA CLIENTES


 (REUTERS/Ueslei Marcelino)


Após dizer a clientes com renda superior a R$ 10 mil que a reeleição de Dilma Rousseff poderia prejudicar a economia brasileira, o banco Santander publicou um comunicado para se explicar sobre as declarações. O texto com as críticas foi enviado neste mês junto ao extrato de clientes na categoria “Select”.

A mensagem, denunciada pelo colunista da Folha de S. Paulo Fernando Rodrigues, dizia que as ações do governo da presidente Dilma Rousseff e sua possível permanência no poder prejudicaria a economia brasileira e, portanto, os investimentos dos clientes do banco.

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Em defesa, o Santander explicou “convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento”. Confira abaixo a nota de esclarescimento:

“O Santander Brasil vem a público esclarecer que o texto enviado a um segmento de clientes, que representa apenas 0,18% de nossa base, em seu extrato mensal, e repercutido por alguns meios de imprensa hoje, não reflete, de forma alguma, o posicionamento da instituição.

O referido texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinje-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário.

Sendo assim, o Banco pede desculpas aos clientes que possam ter interpretado a mensagem de forma diversa dessa orientação, e reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento.”


Confira a mensagem enviada aos clientes no extrato:

"A economia brasileira continua apresentando baixo crescimento, inflação alta e déficit em conta-corrente. A quebra de confiança e o pessimismo crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da presidente, que vem caindo nas últimas pesquisas, e que tem contribuído para a subida da Ibovespa. Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas. Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos. Diante desse cenário, converse com seu Gerente de Relacionamento Select para alocar os seus investimentos de maneira mais adequada ao seu perfil de investimento.

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