terça-feira, 22 de julho de 2014

PRESIDÊNCIÁVEIS EM CAMPANHA MANTÊM IDEIAS IGUAIS


 (Marcos Fernandes/ObritoNews; Paulo Whitaker/Reuters; Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press
)


Com discursos antagônicos ao longo da campanha eleitoral, os três principais candidatos à Presidência da República convergem, mesmo com visões pontuais diferentes, quando o assunto é manutenção dos principais programas sociais da gestão petista, transposição do Rio São Francisco e temas polêmicos, a exemplo de aborto e drogas. Ao debater o Bolsa Família, que beneficia 13,8 milhões de famílias no Brasil, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB-PE) se apressam em dizer que vão mantê-los e, se possível, ampliá-los. O mesmo ocorre em relação ao Mais Médicos, mesmo que os dois defendam a necessidade de mudança nas regras de contratação e remuneração.

Em entrevistas recentes, o candidato do PSDB tem reforçado sua posição em relação ao Bolsa Família. “Política e administração pública é você copiar as coisas que dão certo e aprimorá-las. Não tenho o menor constrangimento de mantê-los e aprimorá-los”, salienta. O tucano diz que pretende promover alterações para tirar o cunho eleitoreiro do plano. “O Bolsa Família, no nosso governo, vai continuar. O que eu quero é tirá-lo do programa eleitoral. Transformá-lo em programa de Estado”, afirma.

Campos diz que é possível ampliar o número de beneficiários e diminuir a fila de quem espera para entrar no programa. Constantemente, gasta parte dos discursos no Nordeste para reforçar que não vai acabar com o Bolsa Família se for eleito. O candidato alega que “há uma campanha terrorista espalhando boatos”.

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Em relação ao Mais Médicos, lançado por Dilma logo após os protestos que sacudiram o Brasil em junho do ano passado, também há a garantia por parte de Aécio e Eduardo de manter a essência do programa. O tucano afirma, no entanto, que não aceitará regras do governo cubano para o pagamento dos profissionais que participam da iniciativa. “Nós vamos manter o Mais Médicos, vamos fazer com que eles se qualifiquem e estabelecer novas regras para os médicos. Não vamos aceitar as regras do governo cubano”, declarou na semana passada durante sabatina realizada por Folha, Uol, SBT e Jovem Pan. Campos tem declarado que é preciso investir na capacitação do médico brasileiro. Afirma que vai, se eleito, fazer uma auditoria nos contratos firmados com os estrangeiros, mas descarta acabar com o programa.

Canais
Outro ponto que une Dilma, Aécio e Eduardo Campos é a Transposição do Rio São Francisco, maior obra hídrica em execução no país e deve beneficiar aproximadamente 12 milhões de pessoas quando os 700km de canais estiverem prontos. A dupla oposicionista ataca a lentidão para a conclusão da intervenção. “O Brasil virou um grande canteiro de obras inacabadas por conta da incapacidade do governo de gerenciamento”, ressalta o senador mineiro. Em caminhadas pelos principais estados nordestinos, o pessebista tem criticado a condução da obra. Até setembro do ano passado, o responsável por tocar a transposição era o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, indicado por Campos ao cargo

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