domingo, 24 de agosto de 2014

MARINA CRITICA DILMA , ELOGIA SERRA E SUPLICY

A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) faz no Recife seus primeiros atos de campanha, ao lado do seu vice, Beto Albuquerque, , no bairro de Casa Amarela, zona norte de Recife
A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) faz no Recife seus primeiros atos de campanha, ao lado do seu vice, Beto Albuquerque, , no bairro de Casa Amarela, zona norte de Recife (Carlos Ezequiel Vannoni/AG. JCM/Fotoarena /Folhapress)
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, realizou neste sábado seu primeiro ato político como presidenciável - e escolheu para a estreia de sua candidatura nas ruas a cidade de Recife, capital de Pernambuco, Estado governado duas vezes por Eduardo Campos. Contrária à aliança com o PSDB em São Paulo - recusa-se a subir em palanques com o governador Geraldo Alckmin -, Marina fez leve aceno aos tucanos no maior colégio eleitoral do país. Disse aos eleitores que sabe que, se eleito senador, o ex-governador paulista José Serra "não vai faltar" a seu governo, caso venha a comandar o Palácio do Planalto. Marina, contudo, não deixou de lado o petista Eduardo Suplicy. "O PMDB de Pedro Simon não vai nos faltar. Tenho certeza de que o PMDB de Jarbas [Vasconcelos] não vai nos faltar. O PDT de Cristovam (Buarque) não vai nos faltar. O PT de Suplicy não vai nos faltar. Eu até te digo mais: mesmo que estejamos em palanques diferentes, se não for o Suplicy e for o Serra, eu tenho certeza de que ele não vai nos faltar", afirmou a ex-senadora.

Marina poupou o adversário tucano na corrida presidencial Aécio Neves de críticas diretas, e concentrou sua artilharia na presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT. Assim como Campos, a ex-senadora, que também foi ministra do governo Lula, evitou criticar o ex-presidente. "No Brasil criou-se uma coisa de 2010 para cá, de que é preciso ser gerente para governar. A gente precisa ter argumento quando vierem com esse papo. O Itamar não era um gerente, era um homem com visão estratégica; o Fernando Henrique era um acadêmico, não era gerente, mas com visão estratégica; Lula era operário, mas um homem com visão estratégica. É por isso que equilibraram a economia e reduziram a inflação. Quando se tem visão estratégica, se sabe unir a equipe, a gente consegue os melhores gerentes", disse, em clara crítica a Dilma, que foi anunciada pelo PT na campanha presidencial de 2010 como "a gerente do ex-presidente Lula". Ao dizer que o país não precisa de uma "gerente" no governo, Marina voltou a dizer que Dilma será a "primeira presidente a entregar um país pior do que recebeu", frase repetida inúmeras vezes por Campos durante a campanha.
A ex-senadora repetiu também outras falas do ex-governador de Pernambuco, morto em acidente aéreo. Ela voltou a dizer que é preciso tirar as velhas raposas do governo e criticou a polarização existente entre PT e PSDB que, nas palavras dela, "fazem oposição pela oposição". "A nova República tem de assumir sua responsabilidade. O PT e o PSDB fazem a polarização. Não se escutam. E se eles não se escutam, como vão escutar a sociedade brasileira? É por isso que o técnico dessa seleção se chama sociedade brasileira", disse.

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