domingo, 24 de agosto de 2014

OPOSIÇÃO QUER NOVO DEPOIMENTO DE EX DIRETOR DA PETROBRÁS


Costa prestou depoimento à CPI do Senado em julho, mas pouco revelou ( Daniel Castellano/Gazeta do Povo)
Costa prestou depoimento à CPI do Senado em julho, mas pouco revelou


Parlamentares de oposição tentarão usar a próxima reunião da CPI mista da Petrobras para marcar o depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa ao colegiado. A comissão deve se reunir na próxima quarta-feira para votar requerimentos e, embora já existam diversos pedidos de convocação do engenheiro, o depoimento ainda não tem data marcada. Oposicionistas ouvidos pelo Correio esperam de Costa uma atuação diferente da CPI da Petrobras no Senado, em julho, quando ele negou qualquer irregularidade na petrolífera. “Pode-se fazer auditoria por 50 anos na Petrobras, mas não vai se achar nada de ilegal. Porque não há nada ilegal na Petrobras”, chegou a dizer ele, na ocasião.

Costa negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e com a Polícia Federal desde a deflagração, na última sexta-feira, da sexta fase da Operação Lava-Jato. A PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em empresas ligadas ao ex-diretor da Petrobras. O engenheiro chegou inclusive a mudar de advogada, contratando uma profissional especializada em acordos de delação premiada. “Na primeira ocasião (na CPI do Senado), ele estava orientado pelo advogado a agir de uma certa forma. Agora, a orientação jurídica que ele receberá será outra, especialmente no caso de ele conseguir o acordo de delação premiada. E aí passa a ser prioridade para a CPI colher o depoimento dele”, disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA).

Esclarecimentos

“Vamos pressionar para que o depoimento dele seja marcado o quanto antes. Na semana que vem, talvez seja difícil, por conta do quórum, mas é preciso ouvi-lo. Já existem inclusive vários requerimentos nesse sentido, basta marcar uma data”, informou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). Caso o quórum seja atingido, os oposicionistas pretendem também aprovar convocações para ouvir a ex-tesoureira do doleiro Alberto Youssef, a contadora Meire Poza, e pessoas ligadas a Paulo Roberto, como Marcelo Barboza Daniel, que era sócio do genro dele em uma das empresas investigadas pela PF.
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