sexta-feira, 19 de setembro de 2014

PROCURADORIA GERAL NEGA ACESSO DE DEPOIMENTO DO EX DIRETOR DA PETROBRÁS AO PLANALTO

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou pedido do governo para ter acesso ao depoimento de delação premiada no qual o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa citou nomes de políticos que teriam recebido propina do suposto esquema investigado na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

A decisão foi comunicada nesta quinta-feira (18) em ofício enviado ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No documento, Janot diz que a investigação tramita em segredo de Justiça e os dados não podem ser compartilhados. 

O pedido de acesso foi motivado por uma determinação da presidenta Dilma Rousseff. Dilma pretendia ter acesso a informações oficiais sobre o depoimento para tomar providências em relação a punição de funcionários do governo que fossem citados. O envolvimento de políticos no suposto esquema de propina na Petrobras foi noticiado em reportagem da revista Veja no início deste mês.


Outros órgãos do governo, como a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Petrobras, tentam na Justiça Federal acesso ao depoimento para identificar a presença de funcionários do governo e iniciar investigação própria sobre os supostos ilícitos.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras também fez o pedido de acesso à delação ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela investigação.

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