quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ECONOMISTAS QUESTIONAM DILMA SOBRE POLÍTICA ECONÔMICA

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, durante coletiva de imprensa em Brasília, nesta sexta-feita (10)
Dilma Rousseff lança mão do argumento da crise para justificar fracasso econômico (Ueslei Marcelino/Reuters)
Um grupo de 164 professores de Economia de universidades brasileiras e estrangeiras assinou um documento nesta terça-feira rechaçando os principais argumentos defendidos pela presidente Dilma Rousseff para justificar o fracasso econômico de seu governo. Aquele que tem sido o mais usual na gestão da presidente (e em sua campanha pela reeleição) é o de que a crise internacional é a culpada pelos males que afligem o país, como a inflação e a recessão.
Dizem os acadêmicos: "Não há, no momento, uma crise internacional generalizada. Alguns de nossos pares na América Latina, uma região bastante sensível a turbulências na economia mundial, estão em franca expansão econômica. Projeta-se, por exemplo, que a Colômbia cresça 4,8% em 2014, com inflação de 2,8%. Já a economia peruana deve crescer 3,6%, com inflação de 3,2%. O México deve crescer 2,4%, com inflação de 3,9%.1 No Brasil, teremos crescimento próximo de zero com a inflação próxima de 6,5%. Entre as 38 economias com estatísticas de crescimento do PIB disponíveis no sítio da OCDE, apenas Brasil, Argentina, Islândia e Itália encontram-se em recessão. Como todos os países fazem parte da mesma economia global, não pode haver crise internacional generalizada apenas para alguns. É emblemático que, dentre os países da América do Sul, apenas Argentina e Venezuela devem crescer menos que o Brasil em 2014.

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