quarta-feira, 29 de outubro de 2014

JUSTIÇA ITALIANA NEGA EXTRADIÇÃO DE PIZOLATO

A Justiça italiana rejeitou, nesta terça-feira (28/10), o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, mais conhecido como mensalão. Foragido desde setembro de 2013, Pizzolato está preso em Modena, mas poderá deixar a prisão ainda hoje, de acordo com a decisão proferida há pouco pela Corte de Apelação de Bolonha. Pizzolato fugiu do país com o documento de um irmão morto em 1978. Foi encontrado pela Interpol em fevereiro e levado à prisão de Modena. Com dupla cidadania (brasileira e italiana), pediu para ficar na Itália, alegando condições carcerárias insalubres no Brasil.

A defesa de Pizzolato também alega que o duplo grau de jurisdição não foi respeitado no caso do mensalão, iniciado e finalizado no Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados do condenado também tentam desqualificar a sentença brasileira alegando que Pizzolato não poderia ter sido julgado pelo STF, porque não tinha foro privilegiado. Além disso, argumentam que o foragido tem problemas psiquiátricos.


Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão e multa de R$ 1,3 milhão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato no caso do mensalão. O governo brasileiro pretende recorrer da decisão, levando o caso para uma Corte de Roma, que só deve julgá-lo em 2015. Enquanto isso, Pizzolato permancecerá em liberdade
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