quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS REPERCUTE NO EXTERIOR


Jorge Hage: 'Além desses seis, há vários outros em nossa lista' ( DL Photo/Divulgação)
Jorge Hage: "Além desses seis, há vários outros em nossa lista"
A Controladoria-Geral da União (CGU) suspeita que um grupo formado por pelo menos seis diretores e funcionários da Petrobras recebeu propina da fornecedora holandesa de navios-plataforma SBM Offshore. Ontem, a empresa fechou acordo para pagar US$ 240 milhões ao Ministério Público holandês por causa de “pagamentos indevidos”, que seriam subornos pagos a agentes públicos no Brasil e na África. No primeiro semestre, a empresa foi acusada por um ex-funcionário de pagar propina para pessoas ligadas à Petrobras. “Nós investigamos pagamento de propina. Temos elementos suficientes que caracterizam isso”, disse o ministro da CGU, Jorge Hage, ao Correio ontem à tarde. “Não temos ainda, entretanto, o nome da pessoa ou das pessoas que teriam recebido os recursos.”

A CGU abriu processo punitivo contra a SBM ontem. Segundo Hage, para evitar ser proibida de contratar com a Petrobras, a fabricante de navios poderá assinar um acordo de leniência com a controladoria, ressarcir “prejuízos” e indicar o nome dos corrompidos. Ele não soube precisar os valores. A SBM fechou R$ 27 bilhões em contratos com a Petrobras.

Segundo o ministro, foram abertos seis processos administrativos contra os diretores que são suspeitos de participarem das irregularidades observadas. E há outros sob investigação. “Além desses seis, há vários outros em nossa lista que estão sendo indicados”, afirmou Hage.

Em 31 de março, a Petrobras encerrou uma investigação interna dizendo que “não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras”, informou a estatal à época. Ontem, a petroleira não esclareceu ao jornal se vai reabrir investigações. “A SBM diz não saber quem foi que recebeu”, afirmou Hag
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