quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

PROCURADOR GERAL NEGA INFORMAÇÕES AO PLANALTO

istro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou ontem que a Procuradoria-Geral da República negou o acesso do Planalto às informações sobre o possível envolvimento de ministeriáveis nas investigações da Operação Lava-Jato. “Nós entramos em contato com (Rodrigo) Janot e fizemos a ponderação de que gostaríamos de ter informações sobre nomes que comporiam a equipe, apenas para sabermos sobre a veracidade de reportagens veiculadas pela imprensa”, disse Cardozo, em coletiva de imprensa, após se reunir com a presidente Dilma Rousseff.
O Planalto havia pedido acesso às delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef para saber quais são os nomes apontados nos depoimentos por participação no esquema de corrupção antes de definir a composição dos ministérios. “Ele (Janot) nos disse que não poderia fornecer qualquer informação, e que essa decisão não dependeria dele. Portanto, as nomeações serão feitas com base nas informações (oficiais) disponíveis até o momento”, disse Cardozo. O Ministério Público Federal (MPF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não divulgaram oficialmente qualquer informação sobre réus com foro privilegiado na Operação Lava-Jato.
Cardozo ainda alfinetou o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa. Na segunda-feira, Barbosa criticou Dilma em uma rede social, dizendo que o MPF “não era órgão de assessoria”. “Ministério Público é órgão de contenção do poder político. Existe para controlar-lhe os desvios, investigá-lo, não para assessorá-lo”, disse o ministro aposentado. “Talvez o ministro Joaquim não tenha entendido bem”, ironizou Cardozo. “Eu acho curiosa a crítica. Ter informações é algo básico. É natural que um governante, para formar sua equipe, queira ter informações. Não se pediu assessoria nem consultoria.

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