terça-feira, 27 de janeiro de 2015

DILMA CONVOCA MINISTROS PARA DEBATER A CRISE

A presidente Dilma Rousseff faz nesta terça-feira (27/01) a primeira reunião ministerial do segundo mandato, com um cenário muito diferente de 2011, quando debutou no Planalto. Ao contrário do encontro que comandou há quatro anos, em 14 de janeiro, o clima não será de otimismo, devido ao anúncio de medidas impopulares e aos problemas decorrentes da crise hídrica em algumas unidades da Federação. À mesa com os 39 ministros, a petista vai expor a preocupação com as contas do país e enfatizará o recado para os subordinados “gastarem menos e fazerem mais”.
Em vez do Salão Oval do Planalto, tradicionalmente usado para esses encontros, a presidente organizou a reunião na Granja do Torto. O local, mais reservado, foi o mesmo usado por Dilma para a reunião ministerial feita após as manifestações de junho de 2013. O evento de hoje está previsto para começar às 16h, e há expectativa de que algum representante do governo rompa o silêncio da presidente. Ela não fala com a imprensa desde 22 de dezembro. O único evento público do qual participou, desde 1° de janeiro, foi a posse do presidente da Bolívia, Evo Morales, no dia 22. Na ocasião, ela não discursou nem falou com a imprensa.
Ontem, a presidente e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fecharam os detalhes do que será abordado nesta terça-feira. Além de Levy, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, esteve no Palácio do Planalto. As reuniões foram chamadas às pressas e complicaram a agenda dos ministros. Uma das pastas que mais sofrem com o corte de gastos, o Ministério das Relações Exteriores seria tema de uma audiência entre Barbosa e o titular do Itamaraty, Mauro Vieira. Devido ao chamado de Dilma, a discussão sobre as dívidas do Ministério das Relações Exteriores sofreu grande atraso. A prioridade do governo é unificar os discursos para enfrentar o ano, que promete ser um dos piores sob o comando do PT. Além da perspectiva de baixo crescimento e da necessidade de anunciar medidas de impacto direto no bolso do cidadão, Dilma enfrenta um racha na base governista às vésperas da eleição que definirá a presidência das duas Casas do Congress
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