quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

DILMA DIZ QUE NÃO QUEBROU PROMESSAS DE CAMPANHA

José Cruz/Agência Brasil
Depois de 26 dias sem falar em público, a presidente Dilma Rousseff quebrou o silêncio para dizer que não recuou das promessas de campanha. Como se estivesse em um palanque, defendeu a Petrobras e afirmou que combaterá qualquer tipo de corrupção. Na abertura da primeira reunião ministerial do novo mandato, a chefe do Executivo destacou que as últimas medidas fiscais que mexeram com o bolso do consumidor são de “caráter corretivo” e sinalizou que o saco de maldades ainda não está vazio. “Juntos, devemos fazer um governo, ao mesmo tempo, de continuidade e também de mudanças”, disse, em tom de recado, aos 39 ministros reunidos, ontem, na Granja do Torto.
Para a governante, os ajustes são necessários para “manter o rumo” e “ampliar as oportunidades”, “preservando as prioridades sociais e econômicas”. “As medidas que estamos tomando e tomaremos vão dar consequência e ampliar um projeto vitorioso nas urnas por quatro eleições seguidas”, ressaltou a petista. Segundo ela, o governo absorveu o quanto pôde os desgastes econômicos, mas chegou a hora de fazer ajustes.
Na percepção de Dilma, as ações adotadas até o momento, como as mudanças nas regras de acesso ao seguro-desemprego e nas pensões por morte, não diminuem os direitos trabalhistas e têm “caráter corretivo, ou seja, são medidas estruturais, que se mostram necessárias em quaisquer circunstâncias”. Ela também informou que, além das ações na área fiscal, são construídas “medidas para viabilizar o aumento do investimento e da competitividade da economia”. Como exemplo, citou um novo plano na área de infraestrutura.
No discurso, de aproximadamente 40 minutos, Dilma reforçou que as mudanças que o país precisa para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Nesse sentido, ela fez questão de afirmar que a primeira ação do governo foi estabelecer a meta de superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). “Essa meta representa um esforço que a economia pode suportar sem comprometer a recuperação do crescimento e do emprego”, disse. Ela ainda frisou que o Banco Central tem adotado “as medidas necessárias para o controle da inflação

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