sábado, 14 de fevereiro de 2015

EM CRISE O GOVERNO SILENCIA NO CARNAVAL


No pior momento de popularidade do governo petista, a presidente Dilma Rousseff e ministros do núcleo palaciano adotam o tom “low-profile” e passam o carnaval longe da folia. Dilma, pelo quarto ano consecutivo, embarcou para a base naval de Aratu (BA) com a família e deve retornar na próxima quarta-feira. Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada no início do mês mostrou crescimento da quantidade de pessoas que desaprovam o governo — 44% o acham ruim ou péssimo e 23% o consideram bom ou ótimo. Atrelados a esse cenário, estão recentes derrotas no Congresso e o escândalo de corrupção da Petrobras.
Uma série de ministros têm sido convocados para ajudar a recuperar a imagem da presidente. Somente na última semana, o Conselho Político se reuniu ao menos quatro vezes. Ao agir para estancar a crise, os ministros palacianos que compõem o grupo ficarão reclusos. Titular da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas foi para casa, em Caxias do Sul. O representante da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, também está com a família em Porto Alegre. O chefe do Ministério da Justiça, José Eduardo Cardozo, ficará em São Paulo. E o titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, vai para São Paulo descansar.
Outro integrante do conselho da presidente, o ex-governador da Bahia e ministro da Defesa, Jaques Wagner, vai para Salvador. A assessoria de Wagner informou que ele vai descansar, mas isso não o impede que visite algum camarote e aproveite a folia do carnaval baiano. O governo da Bahia promove o carnaval como um evento institucional e convidou a presidente e os ministros, mas nenhum deles confirmou presença.

Um dos envolvidos na negociação das polêmicas medidas do ajuste fiscal, Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, ficará em Brasília com a família. E o representante da Fazenda, Joaquim Levy, vai para Rio de Janeiro, onde mora, e, na terça-feira, embarca para os Estados Unidos. As medidas provisórias sobre mudanças nas regras de acesso aos benefícios trabalhistas e sociais são alvo de críticas das forças sindicais e já receberam diversas emendas na Câmara

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