quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

EM MEIO Á CRISE DILMA SE ENCONTRA COM LULA EM SÃO PAULO

Dilma e seu antecessor: cada vez mais distantes
Dilma e seu antecessor: cada vez mais distantes (Reuters)
Acuada diante do agravamento da crise que se seguiu na Petrobras às revelações da Operação Lava Jato, e diante de uma base governista desarticulada e a cada dia mais rebelde, a presidente Dilma Rousseff se reúne nesta quinta-feira, em São Paulo, com seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo do encontro é tentar acertar os ponteiros com seu principal conselheiro e reverter a imagem de que está isolada – e que suas decisões solitárias teriam resultado em inúmeras e repetidas derrotas no Congresso. No alto escalão petista, consolida-se a tese de que a presidente às vezes age da forma oposta à esperada justamente para demonstrar poder diante do partido e de seu mentor.
O mais recente caso do tipo se deu na indicação do novo presidente da Petrobras, na semana passada. Na véspera do anúncio de que Aldemir Bendine foi escolhido para o cargo, o ex-presidente queixava-se a aliados da falta de disposição de Dilma em dialogar e ouvir seus conselhos. Lula sugeriu os nomes do ex-presidente do Banco Central Henrique Meireles, do executivo Antonio Maciel Neto e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Dilma não aceitou e, no dia seguinte ao desabafo de Lula, confirmou a tese ao nomear um nome que desagradou o corpo de funcionários da companhia e não fora aventado em momento algum. O ex-presidente, que pretende se lançar candidato novamente em 2018, sabe que o agravamento da crise do atual governo pode prejudicar seus planos para a próxima eleição. Mas não quer forçar um rompimento que pode ser prejudicial ao partido

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