quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PETROLÃO ATINGE P.T. QUE AMEAÇA ACUSADORES

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) na Lapa, zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (05), após prestar depoimento na nona fase da Operação Lava Jato
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) na Lapa, zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (05), após prestar depoimento na nona fase da Operação Lava Jato (Sérgio Castro/Divulgação)
No dia em que o escândalo do petrolão atingiu em cheio o partido, o PT divulgou nota na qual nega que o dinheiro desviado dos cofres da Petrobras tenha abastecido a legenda e lançou uma ameaça aos delatores do petrolão – são eles o doleiro Alberto Youssef, empresários e, especialmente, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco.
VEJA
Em depoimento à Polícia Federal, Barusco fez questão de destacar a relação de proximidade entre Renato Duque, ex-diretor de Serviços daPetrobras indicado pelo mensaleiro José Dirceu, e João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. Nas palavras de Barusco, os dois mantinham “um contato muito forte”. Segundo o ex-gerente, Duque e o tesoureiro petista costumavam se encontrar no Hotel Windsor, no Rio, e no Meliá, em São Paulo. Os encontros tinham finalidade clara: trocar informações sobre o andamento de contratos, projetos e licitações da Petrobras. O saldo dos desvios na estatal para abastecer o PT teriam alcançado até 200 milhões de dólares.
Em nota, o PT afirmou que "reitera que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral". Continua a nota, terminando em tom de ameaça: "As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de delação premiada e que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT".
Defensor de Vaccari, o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso também assina uma nota na qual contesta a necessidade de o petista ter sido levado por agentes da PF, em vez de convocado a comparecer à sede do órgão em São Paulo. "Sua condução coercitiva, desta data, entendeu-se desnecessária, pois bastaria intimá-lo, que o sr. Vaccari compareceria e prestaria todas as informações solicitadas, colaborando com as investigações da Operação Lava Jato, como sempre o fez".
Em declaração publicada no site do PT, Vaccari disse que o depoimento ao delegado da PF Maurício Moscardi transcorreu de forma tranquila. "Todas as perguntas feitas pelo delegado foram esclarecidas. Respondi a tudo com transparência, lisura e total tranquilidade”, 

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