segunda-feira, 16 de março de 2015

PROTESTOS PELO PAÍS ASSUSTA O GOVERNO DILMA

s assistir à insatisfação de uma multidão que saiu às ruas para se manifestar contra o governo e atos de corrupção, parlamentares da base aliada e da oposição tiveram diagnósticos completamente antagônicos sobre os desdobramentos dos protestos. Para os oposicionistas, se o Planalto não souber fazer a leitura correta dos protestos, a caminhada rumo ao impeachment será inevitável. Já os aliados reforçaram a necessidade da reforma política, mesmo argumento apresentado pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), em entrevista coletiva no início da noite de ontem.



A única concordância entre os adversários foi a surpresa com o tamanho das manifestações de rua. “Foi a fotografia da indignação, a sinalização da população. E, se o governo não souber dar respostas com atitudes, e não apenas palavras, será inevitável o debate sobre o impeachment”, avaliou o líder da oposição no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR). “O Congresso precisa agora interpretar o sentimento da população, pois está muito claro que não aguenta mais o que está aí”, complementou o ex-líder do PSDB na Câmara deputado Antônio Imbassahy (BA), que confirmou um encontro da bancada nesta semana para avaliar os desdobramentos dos protestos.

De saída do PT, a senadora Marta Suplicy (SP) mais uma vez atacou a presidente Dilma Rousseff e defendeu o ato pacífico de ontem. “Os protestos foram contra os equívocos e a inércia de um governo que se tem mostrado incapaz de dar respostas a uma sucessão de crises. Que saibam compreender a mensagem das ruas”, alfinetou a senadora paulista, que se diz abandonada pela legenda. Especula-se que ela migrará para o PSB para ser candidata à prefeitura de São Paulo em 2016.

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