quarta-feira, 29 de abril de 2015

BRASILEIRO É EXECUTADO NA INDONÉSIA


Internet/Reprodução


"Daqui eu irei pro céu e ficarei na porta esperando por vocês". A frase foi dita por Rodrigo Mauxfeldt Gularte, paranaense de 42 anos, antes de ser fuzilado por tráfico de drogas na Indonésia. A declaração, segundo a BBC, foi feita para um diplomata brasileiro que acompanhou a execução nesta terça-feira (28/4).
A prima do brasileiro, Angelita Mauxfeldt, está na Indonésia e acompanhou os disparos à distância. Outras sete pessoas foram mortas hoje. A única mulher do grupo, uma filipina, conseguiu que o fuzilamento fosse adiado. Ela alega que foi enganada por traficantes e que desembarcou no país para trabalhar como doméstica. A mulher que teria colocado a droga na mala da filipina se entregou à polícia nesta terça. 

Rodrigo Gularte foi detido em 2004 depois de tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Durante todo o processo na Justiça do país, a família apresentou vários relatórios médicos para demonstrar que ele sofria de esquizofrenia e que, portanto, não deveria ser executado. Aparentando tranquilidade, o próprio Gularte acreditava que seria salvo.

Em 17 de janeiro, o instrutor de voo livre Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado com um tiro no peito. Ele havia sido preso em 2004, ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A execução provocou uma crise diplomática. 

O presidente indonésio, Joko Widodo, é intransigente sobre a aplicação da pena de morte por tráfico de drogas e ignora os apelos de clemência e as pressões diplomáticas internacionais para evitar as execuções. Ele alega que o país enfrenta uma situação de emergência ante o problema das drogas e precisa de uma "terapia de choque". A pena capital por narcotráfico ou até mesmo pela posse de pequenas quantidades de droga também é aplicada em outros países do sudeste da Ásia, como Malásia, Vietnã, Tailândia e Cingapura
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