O papa Francisco já sinalizara em alguns de seus pronunciamentos, dentro e fora do Vaticano, que mais cedo ou mais tarde a Palestina receberia da Santa Sé o seu reconhecimento como Estado. Na quarta-feira 13 veio o anúncio oficial: “É uma forma de encorajar a comunidade internacional, especialmente as partes diretamente implicadas, a empreender uma ação mais decisiva pela paz duradoura”. O efeito do texto do tratado de reconhecimento é mais simbólico que prático, mas faz aumentar junto à comunidade católica mundial a legitimidade do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Por outro lado, embora não cite Israel, mas sim “partes diretamente implicadas” numa eterna situação de hostilidade, a frase veste feito luva a atual política israelense na região. Prova disso foi a imediata reação do Ministério do Exterior israelense que se declarou “desapontado” com Francisco.
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