quinta-feira, 30 de julho de 2015

MAIOR LOBISTA DA PETROBRÁS É O NOVO DELATOR DA LAVA JATO

Hamylton Padilha (Foto: Fabrizia Granatieri)
A nova delação premiada da Operação Lava Jato envolve o maior lobista da Petrobras. Hamylton Padilha, o discreto mas poderoso lobista, atua sobretudo com a venda e o aluguel de sondas para perfuração de poços, o mais lucrativo dos negócios no mundo do petróleo. Hamylton confessou a procuradores ter pago propina a ex-diretores da estatal para que empresas representadas por ele fossem contratadas. O lobista não só falou como entregou cópias de depósitos em contas secretas no exterior. De acordo com Hamylton, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, ex-diretores da área internacional da estatal, Renato Duque, ex-diretor de serviços, e operadores políticos do PMDB foram favorecidos com esses depósitos. No caso de Zelada, segundo Hamylton, o responsável por recolher a propina foi o empresário Raul Schmidt, uma espécie de sócio de Zelada.
PMDB recebeu propina na Petrobras
Em sua delação, Hamylton Padilha contou ter pago propina para que a Petrobras alugasse dois navios-sonda. Ele confessou ter intermediado o aluguel do navio-sonda Vantage Drilling, em 2009. O aluguel dessa sonda custou US$ 1,6 bilhão à Petrobras. O contrato foi fechado por Jorge Zelada, diretor internacional da estatal e indicado pela bancada do PMDB da Câmara. Para esse negócio prosperar, Hamylton afirmou ter divido propina, nesse caso, com o operador do PMDB na área internacional da Petrobras: João Augusto Henriques. Hamylton disse que o dinheiro repassado para Henriques tinha políticos do PMDB como destinatários finais. As informações repassadas por Hamylton aos procuradores confirmam reportagem publicada por ÉPOCA em agosto de 2013 (As denúncias do operador do PMDB na Petrobras), na qual João Henriques afirmou ter a obrigação de repassar parte do que ganhava como operador para o PMDB.

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