domingo, 20 de setembro de 2015

É PRECISO TER MAIS AUDÁCIA PELO PAÍS

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press


Ela foi a primeira mulher a presidir o Tribunal Superior Eleitoral. No próximo ano, assumirá a presidência da mais alta Corte de Justiça do país. A mineira Cármen Lúcia Antunes Rocha se considera uma juíza 24 horas por dia, tamanha a dedicação aos 1,6 mil processos que tramitam por seu gabinete. Acorda às 5h15, trabalha até 18 horas por dia. Mas também está atenta ao que acontece longe do suntuoso palácio do Supremo Tribunal Federal. Gosta de dirigir o próprio carro, frequentar o mercado central de Belo Horizonte, saber o preço dos produtos nas prateleiras. Cármen Lúcia assegura que o juiz é sensível às demandas da população, mas deve cumprir o compromisso com a Constituição. “Na hora de julgar, não posso olhar senão para o que está no processo e qual a lei se aplica”. Ela acredita que a insatisfação popular se deve à ineficiência das políticas públicas, que não asseguram os direitos estabelecidos pela lei. E entende que o brasileiro precisa dar um passo além de reclamar. “As pessoas de bem têm que reagir e agir para mudar a situação e não de abandonar as coisas como se não tivessem a ver com elas.” Apesar da grave crise política e econômica, a ministra considera que o país passa por um amadurecimento. “Não há risco institucional.” Nesta entrevista ao Correio, admite que há preconceito contra mulher no Judiciário

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