O dólar não para de bater recordes desde que ultrassou a casa dos 4 reais. Após cinco pregões seguidos de valorização, a moeda americana abriu novamente em alta nesta quinta-feira. Por volta das 10h30, a divisa avançava a 2,4% e era negociada a 4,24 reais. Ofuscando as intervenções do Banco Central, o mercado ainda reage às incertezas sobre o cenário político e econômico do país.
A instituição programou para esta manhã leilão de até 20.000 novos swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, com vencimento em 1º de setembro de 2016. A operação acontecerá entre 9h30 e 9h40 e os seus efeitos começarão a ser sentidos a partir das 9h45. Um pouco mais tarde, a autoridade monetária também dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos.
Os investidores também digerem nesta manhã as previsões piores do Banco Central para inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. No relatório divulgado trimestralmente pela instituição, a projeção de queda no nível da atividade econômica do país foi revisada para baixo, de 1,1% para 2,7%.
Em relação à inflação, o BC agora prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai atingir a casa dos 9,5% ante estimativa anterior de 9%. Os dados reforçam a desconfiança dos investidores com a retomada do crescimento econômico, que a cada dia parece ser mais remoto, e alimentam as percepções de que o país será novamente rebaixado por uma agência de classificação de risco, assim como fez a Standard & Poor's no início de setembro.
Nesta terça-feira, a moeda encerrou o dia cotada a 4,14 reais, novo patamar recorde de fechamento da moeda desde a criação do real.
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