terça-feira, 29 de setembro de 2015

MINISTRO LEVY AMEAÇA CRIAR DUAS CPMF

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante a premiação Empresas Mais, na manhã desta terça-feira, na capital paulista. O evento, realizado pelo jornal "O Estado de S. Paulo"
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante a premiação Empresas Mais, na manhã desta terça-feira, na capital paulista(Frame/Folhapress)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, endureceu o tom nesta terça-feira para defender a manutenção dos vetos da presidente Dilma Rousseff a medidas da chamada "pauta-bomba", que tem forte impacto fiscal. Seis vetos ainda precisam ser apreciados pelo Congresso, entre eles o que barra o reajuste de até 78% no salário dos servidores do Judiciário. A votação está agendada para esta quarta.
Em evento organizado pelo jornal O Estado de S. Paulo para premiar empresários do país, Levy afirmou que as medidas, que foram aprovadas no Congresso pelas "mais diversas razões", têm impacto sobre os cofres públicos de 60 bilhões de reais, ou seja, de "duas CPMFs", disse o ministro, referindo-se ao projeto encaminhado pelo Planalto ao Legislativo de recriação do chamado "imposto do cheque", extinto em 2007. Parlamentares tanto da oposição como da base aliada têm atacado o plano do governo de criar novos tributos para aumentar receitas e tapar o buraco do Orçamento de 2016.
"Foram tomadas uma série de medidas de 60 bilhões de reais pelas mais diversas razões. A presidente tomou a coragem de vetar. Temos juntado os esforços e conseguido o apoio para barrar essas medidas, que demandariam duas CPMFs", disse o ministro, em um claro recado ao Congresso.
Na semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que agendaria para esta quarta-feira a votação dos vetos que faltam ser apreciados. Vinte e seis dos 32 vetos já foram analisados e todos mantidos

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