segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O PAC ESTÁ EMPACADO E NÃO ANDA

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A paralisação generalizada de obras federais está refletida nos desembolsos feitos ao longo deste ano pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A pedido do Estado, a organização Contas Abertas reuniu os dados sobre a execução orçamentária da principal vitrine de investimentos do governo, desde o seu lançamento, em 2007, até os dias de hoje. O cenário mostra a crescente desidratação dos investimentos.

Entre janeiro e agosto deste ano, a execução do PAC atingiu apenas R$ 27 bilhões, resultado que não chega a 60% do que foi executado no mesmo período do ano passado, quando os pagamentos alcançaram R$ 46 bilhões, um desempenho já ruim.
 
Se observado o histórico dos desembolsos realizados desde o início do programa, esses oito meses de 2015 entregaram a pior execução dos últimos quatro anos, só superando os dispêndios de 2011.

Para evitar distorções, os dados consideram apenas os investimentos diretos feitos pela União, deixando de fora os financiamentos concedidos pela Caixa Econômica Federal ao Minha Casa Minha Vida e os aportes feitos por estatais, como a Petrobrás. Todos os valores também foram corrigidos pela inflação.

“É o resultado da crise econômica e das limitações do governo. Já que ele não tem como atuar no que diz respeito às despesas obrigatórias, que são aquelas previstas em lei, como salário e previdência, só resta cortar as despesas discricionárias, como viagens e serviços, além dos investimentos públicos”, diz o secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castello Branco.

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