quarta-feira, 16 de setembro de 2015

ZÉ DIRCEU E VACCARI NETO VIRÃO RÉUS NA OPERAÇÃO LAVA JATO

José Dirceu e João Vaccari
PIXULECO – José Dirceu e João Vaccari: agora réus da Lava Jato(Rodolfo Buhrer/Reuters e 
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou denúncia do Ministério Público nesta terça-feira contra o ex-ministro José Dirceu pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. Outras 14 pessoas, entre elas o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, também vão responder criminalmente depois de todas terem sido denunciadas na 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco - em alusão à forma como os petistas tratavam o dinheiro usado para pagar propina.
Esta é a primeira ação criminal contra Dirceu no escândalo do petrolão, mas os próprios investigadores não descartam que o ex-homem forte do governo Lula possa ter praticado outros crimes no esquema que movimentou pelo menos 6 bilhões de reais e sangrou os cofres da Petrobras. O petista volta ao banco dos réus quase três anos depois de ter sido condenado por corrupção ativa no julgamento do mensalão e ao final deste processo pode ser condenado também por organização criminosa..
As suspeitas são de que Dirceu atuava em um dos núcleos do esquema de corrupção na Petrobras para arrecadar propina de empreiteiras por meio de contratos simulados de consultoria com a empresa dele, a JD Consultoria e Assessoria. Os indícios nas investigações apontam que o petista recebeu 11,8 milhões de reais em dinheiro sujo, tendo lavado parte dos recursos não só em contratos fictícios de consultoria, mas também na compra e reforma de imóveis para familiares e na simulação de alugueis de jatinhos. De acordo com as investigações, o esquema do ex-chefe da Casa Civil na Lava Jato movimentou cerca de 60 milhões de reais em corrupção e 64 milhões de reais em lavagem de dinheiro. Ao todo, o Ministério Público, que apresentou acusação formal contra Dirceu no início do mês, calcula que houve 129 atos de corrupção ativa e 31 atos de corrupção passiva entre 2004 e 2011, além de 684 atos de lavagem de dinheiro entre 2005 e 2014.

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