domingo, 15 de novembro de 2015

CRITICAS AO JUIZ SERGIO MORO SÃO VOZES DO ATRASO

Antonio Cesar Bochenek
Antonio Cesar Bochenek(VEJA.com/Divulgação)
Em junho, logo após a prisão do empreiteiro Marcelo Odebrecht na Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro sofreu críticas, sobretudo de advogados, que achavam que as medidas adotadas pelo magistrado eram exageradas. Foi acusado até de manter réus presos como forma de "tortura" para que eles revelassem segredos do esquema de corrupção dentro da Petrobrás. Na ocasião, Moro evitou responder aos críticos. Quem saiu em sua defesa foi o juiz federal Antonio César Bochenek, presidente da Ajufe, a Associação dos Juízes Federais.
Nos últimos anos, juízes ganharam cada vez mais notoriedade. Sérgio Moro, por exemplo, é aplaudido por onde passa. Por quê? Os juízes fazem o que sempre fizeram, exercem sua função: ouvem testemunhas, expedem mandados, prolatam condenações criminais. A novidade está na outra ponta: é a notoriedade dos réus -- políticos, empreiteiros, que chama a atenção para a atuação do juiz. A impunidade dos envolvidos em escândalos gera um sentimento de indignação na população, que acaba por aguarda com ansiedade uma resposta do juiz e do Judiciário. Depois de anos sem punião, quando essa equação começa a mudar, pelo próprio amadurecimento democrático do Brasil, é natural que os responsáveis pela transformação recebam destaque na imprensa, nas redes sociais.

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