domingo, 22 de novembro de 2015

IMPEACHMENT É CADÁVER INSEPULTO DIZ SENADOR

O líder do PR no Senado, Blairo Maggi
O líder do PR no Senado, Blairo Maggi(Lia de Paula/Agência Senado/VEJA)
Em março deste ano, o senador Blairo Maggi (MT) figurou pela primeira vez na lista dos bilionários da revista americana Forbes. Empresário conhecido mundialmente como o 'rei da soja', apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff e acreditou na promessa de uma economia capaz de alavancar ainda mais o império da família, avaliado em impressionantes 5,7 bilhões de dólares. Um ano depois, o senador deixou o Partido da República em busca de protagonismo em Brasília e de projeção no cenário nacional. Recém-filiado ao PMDB, ele se diz "enganado" pelo governo, afirma que a falta de credibilidade do Executivo coloca em xeque as chances de recuperação econômica e diz que uma eventual candidatura de Lula em 2018 seria uma "roubada". No dia a dia do Congresso, acompanha as negociações sobre a abertura de um possível processo de afastamento da presidente Dilma e avalia: "O impeachment é um cadáver insepulto no meio da sala". A seguir os principais trechos da entrevista concedida ao site de VEJA.
O senhor apoiou a reeleição da presidente Dilma. Como vê o cenário econômico no primeiro ano do novo mandato? A economia está afundando igual Tele Sena, de hora em hora. Como a maioria dos brasileiros, estou frustrado com o que está acontecendo. Me sinto de certa forma ludibriado e enganado por terem escondido os números da economia. Venderam uma coisa que nós não tínhamos. Tanto é que na eleição estávamos no céu e hoje estamos no inferno. Esses números, quando vieram a público, trouxeram uma reação em cadeia na economia. O empresariado se ressente muito disso porque muitos fizeram investimentos. O crédito acabou. Com a diminuição do crédito pelos bancos, exigem mais garantias e juros mais caros. Banco é igual cardume de peixe: quando vem um, vêm todos. Quando um vai embora, vai todo mundo. Com isso, a economia entrou em uma decadência muito acelerada. Muitas empresas começam a ir para o caminho da recuperação judicial.

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