sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

ALTA DO DÓLAR AUMENTA A CRISE NA ECONOMIA

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O dólar fechou esta quinta-feira (21) em alta de 1,47% e avançou para R$ 4,166 na venda - a maior cotação desde a criação do Plano Real. Na véspera, havia fechado com alta de 1,24%. Nas corretoras da capital paulista, o dólar chegou a ser vendido a R$ 4,65. A valorização da moeda americana ocorreu, principalmente, em reação à manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano. Analistas do mercado criticam a falha na comunicação do Banco Central, que nas últimas semanas vinha sinalizando com a possibilidade de alta da Selic, e citam ainda a possibilidade de ingerência política na decisão.

A decisão do Copom nesta quarta-feira à noite contrariou a expectativa majoritária dos economistas de alta de 0,25 ponto porcentual e elevou o mal-estar em relação à possível ingerência do governo e do PT na política monetária. 

Já no mercado acionário, a Bovespa operava em alta de 0,93%, após terminar a quarta-feira com baixa de 1,08%, renovando o menor nível desde 9 de março de 2009. Entre as ações mais negociadas, Petrobras (ON +7,25% e PN +3,39%) se recuperava das fortes perdas recentes.

Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam com quedas expressivas em meio às preocupações com a economia chinesa e a tendência de queda do preço do petróleo. Na China, o Xangai Composto sofreu um tombo de 3,2%, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda ainda mais expressiva, de 4%.

O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) fez nesta semana sua injeção de capital mais agressiva no sistema financeiro em quatro anos. O PBoC colocou 315 bilhões de yuans no mercado, o maior montante do tipo desde meados de janeiro de 2012. A injeção vem num momento em que a demanda por liquidez cresce com a aproximação do feriado do ano-novo chinês, que dura uma semana e começa no dia 7 de fevereiro.

Já o Nikkei, índice que reúne as ações mais negociadas em Tóquio, caiu 2,43%, um dia depois de entrar no chamado "território baixista", ao acumular perdas de mais de 20% em relação à máxima mais recente

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