quinta-feira, 17 de março de 2016

PERITO CONFIRMA GRAVAÇÃO DE GRAMPO TELEFÔNICO

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O governo está empenhado desqualificar a gravação feita pela operação Lava Jato que captou a conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o atual ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva às 13h32 da quarta-feira 16 e pode ser decisiva para o impeachment. Para tanto, emissários procuraram o perito Ricardo Molina e fizeram dois questionamentos. Primeiro queriam saber se o perito poderia atestar que o grampo estava no telefone da presidente Dilma e não no de Lula, uma vez que a gravação revela sons ambientes do gabinete presidencial.
O segundo questionamento foi sobre o horário da conversa. O juiz Sergio Moro havia determinado o fim da autorização para as gravações às 11h12 de ontem e o diálogo interceptado ocorreu às 13h32. O governo queria que o perito considerasse a gravação clandestina devido a essa diferença de tempo. Molina, no entanto, foi taxativo. Disse aos interlocutores de Lula e Dilma que a gravação é absolutamente regular. Explicou que se alguém liga para um telefone que esteja grampeado, a gravação passa a ocorrer no primeiro toque, mesmo antes de ser atendido. Daí a gravação dos sons ambiente do gabinete de Dilma.
Ou seja, o telefone grampeado, com autorização judicial, era o usado por Lula. Quanto ao segundo questionamento, Molina explicou que é normal em todos os casos de interceptação telefônica um delay tanto no início como no fim da operação. Afirmou que entre a determinação judicial e a efetiva ação da operadora leva algum tempo. Disse ainda que já atuou em diversos casos semelhantes e o Supremo Tribunal Federal não deixou de considerar a prova válida em razão dessa diferença de horários.

Na conversa em questão, Dilma informa a Lula que está lhe mandando o termo de posse e advertia a ele que o usasse em “caso de necessidade”. Tratava-se de salvo conduto, uma garantia para que Lula escapasse do juiz Sérgio Moro e contasse com o foro privilegiado garantido aos ministros. O diálogo comprova a prática de crime de responsabilidade da presidente Dilma, que ao nomear o ex-presidente como ministro interferiu no andamento da Justiça.

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