sexta-feira, 29 de abril de 2016

JUROS EXPLODEM E VÃO AS ALTURAS


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O juro do cheque especial atingiu em março a marca de 300,8% ao ano, a maior taxa média cobrada pelo setor financeiro ao cliente desde que o Banco Central começou a coletar os dados, em julho de 1994, ano de início do Plano Real. 

Em fevereiro, a taxa já havia batido a marca de 293,9%, o maior porcentual da série, mas equivalente à primeira taxa apurada pela instituição. A taxa de juros do cheque especial só é superada no mercado pelos juros cobrados pelo rotativo do cartão de crédito.

O juro do rotativo atingiu a marca de 449,1% ao ano em março ante 443,9% de fevereiro, uma elevação de 5,2 pontos porcentuais na margem. Manteve-se, portanto, como a mais alta da série histórica iniciada em março de 2011. Merece destaque a forte correção promovida pelo BC no indicador de fevereiro. Na divulgação passada, a taxa daquele mês era de 447,5%.

Crédito livre

A taxa média de juros no crédito livre subiu de 50,6% ao ano em fevereiro para 50,9% ao ano em março. Em março de 2015, essa taxa estava em 40,9% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 67,9% ao ano para 69,2% ao ano, de fevereiro para março, enquanto a para pessoa jurídica, por outro lado caiu de 31,9% ao ano para 31,0% ao ano no mesmo período.

Para o crédito pessoal, a taxa aumentou de 52,0% ao ano para 53,0% ao ano. Para veículos, os juros caíram de 27,6% ao ano para 27,0% ao ano de fevereiro para março. Em março de 2015 estava em 24,7%. A queda no mês foi de 0,6 ponto porcentual (pp). Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 2,3 pp e, no trimestre, de 1,0 pp.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, acelerou de 31,8% ao ano em fevereiro para 32,0% ao ano em março. No terceiro mês de 2015 estava em 25,9%.

Média diária. A média diária de concessões de crédito livre caiu 5,1% em março em relação a fevereiro, para R$ 11,9bilhões. 

No crédito direcionado, a média avançou 19,5% na comparação mensal. Esse montante do crédito direcionado somou R$ 1,3 bilhão no mês passado. Em março de 2015 era de R$ 1,7 bilhão. Já no acumulado de 12 meses, houve queda de 1,7% e, no trimestre, de 7,5%.

Quando se junta o crédito livre mais o direcionado, a redução é de 3,1% em março ante fevereiro, num total de R$ 13,2 bilhões. A média diária em março de 2015 era de R$ 14,8 bilhões.

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