sábado, 23 de abril de 2016

MICHEL TEMER REBATE CRÍTICAS DE DILMA ROUSSEF


O vice-presidente da República, Michel Temer, chega ao seu gabinete em Brasília (DF) - 22/04/2016
O vice-presidente da República, Michel Temer, chega ao seu gabinete em Brasília (DF) - 22/04/2016(Valter Campanato/Agência Brasil)
O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que é alvo de tentativas de "desqualificação" por meio de "eventuais agressões". Sem mencionar o nome da presidente Dilma Rousseff, o peemedebista rebateu a alegação feita pela petista à imprensa internacional de que é vítima de um golpe patrocinado por ele. "Fui provocado para aquelas entrevistas, achei que deveria dizer alguma coisa à imprensa internacional, já que houve manifestações [de Dilma] em relação à imprensa internacional, especialmente pretendendo desqualificar a minha posição. Acho que o Brasil não merece desqualificação, por meio de eventuais agressões à Vice-Presidência", disse Temer na saída de seu gabinete, no anexo do Palácio do Planalto. Temer ocupa interinamente a presidência da República, enquanto Dilma está nos Estados Unidos.
Em entrevista a jornalistas estrangeiros na terça-feira, Dilma afirmou se sentir "muito triste" pelo vice-presidente estar conspirando de "forma aberta" contra ela. "É muito pouco usual que haja assim um vice-presidente da República. Acho que a conspiração se dá pelo fato de que a única forma de chegarem ao poder no Brasil é utilizando métodos, transformando e ocultando o fato de que esse processo de impeachment não é um processo de impeachment. É uma tentativa de eleição indireta de um grupo que, de outra forma, não teria acesso [ao poder] pelos únicos meios justificáveis num país que tem uma democracia tão duramente conquistada", disse ela, na ocasião.
Nesta quinta-feira, Temer deu entrevistas aos jornais internacionais The New York TimesFinancial Times e Wall Street Journal nas quais negou conspirar contra Dilma. Ele também demonstrou preocupação com a tese martelada pelo Planalto de que Dilma sofre um processo sem base legal, como se o país fosse uma "república menor" onde "ocorrem golpes". Sobre a possibilidade de Dilma ser afastada, caso o processo seja admitido no Senado, o vice-presidente voltou a afirmar que vai aguardar "silenciosa e respeitosamente" a decisão da Casa. Perguntado sobre as conversas que têm tido para montar a equipe de seu eventual governo, Temer respondeu que está "apenas ouvindo"."Naturalmente, estou sendo procurado por muita gente, estou ouvindo muita gente, mas apenas ouvindo, nada mais do que ouvindo.

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