domingo, 22 de maio de 2016

NÃO HAVERÁ AUMENTO DA CARGA FISCAL, AFIRMA ELISEU PADILHA

"Não terá aumento da carga fiscal", diz Eliseu Padilha

 
    

 postado em 22/05/2016 08:00
Minervino Junior/CB/D.A Press
 

“O diabo sabe não porque é sábio, o diabo sabe porque é velho.” Com a foto oficial de Dilma Rousseff adornando o gabinete do 4º andar do Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, saca a frase do poeta argentino José Hernández para explicar as diferenças entre o governo da petista e o do recém-inaugurado por Michel Temer. Com o círculo próximo formado em sua maioria por políticos experientes, alguns na casa dos 70 anos, Temer aposta em nomes escaldados no Congresso, como Padilha, para vencer o principal problema da gestão passada: o relacionamento com a Câmara. “Não sou um aprendiz nesse tema”, afirma.

A experiência política tem que promover resultados em um curto espaço de tempo. Em entrevista ao Correio, o gaúcho Padilha garante que não haverá criação imediata de um imposto ou aumento de carga tributária, mas enumera prioridades econômicas e reformas necessárias — como a previdenciária e a trabalhista — tão urgentes quanto dependentes da colaboração dos parlamentares. Não por acaso, Temer teve de assentir, meio a contragosto, André Moura (PSC-SE) na liderança do governo na Câmara, “uma indicação da maioria dos líderes”. O político é o principal aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na Casa. “Quem não admitir que Eduardo Cunha é o principal eleitor da Câmara está enganado”, avalia Padilha, lembrando, entretanto, que “a influência de Cunha no Legislativo não tem reflexo no Executivo”. 

A política local também não foi esquecida. Padilha se refere a Tadeu Filippelli como o nome de destaque do partido na capital. Com um sorriso maroto, não deixa de afagar Cristovam Buarque, hoje no PPS: “Vamos supor que o Cristovam quisesse ir para o PMDB, seria um bom candidato.” Sobre o retrato de Dilma com a faixa presidencial, Padilha é taxativo: “Hoje, ela ainda é presidente da República”. Porém, considera difícil o retorno: “Tivemos mais de dois terços. Do garçom ao empresário, há um sentimento de alívio pela mudança”. Durante a entrevista, Padilha garantiu que a Cultura não voltaria a ser uma pasta, inclusive deu a resposta com base em pesquisas de opinião que mostravam apoio da população à medida. Ontem à tardem, no entanto, o governo divulgou que o Ministério da Cultura será recriado.

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