terça-feira, 17 de maio de 2016

O DESAFIO DO PMDB COM A LIDERANÇA POLÍTICA

agenda política (Foto: ÉPOCA)
A última vez em que o PMDB,  o mais enraizado dos partidos brasileiros, com quase 20% dos prefeitos eleitos nas  últimas eleições municipais em 2012, apresentou um candidato próprio a presidente da República foi em 1994. Desde então, o partido descobriu que é muito mais interessante ter uma bancada grande e forte no Congresso para barganhar apoio ao governo em troca de cargos, verbas e favores da máquina federal do que disputar – e perder – eleições presidenciais, como ocorreu com as candidaturas de Ulysses Guimarães, em 1989, e de Orestes Quércia, em 1994. Com o toma lá dá cá estabelecido com os governos do PSDB e do PT nos últimos 20 anos, lideranças peemedebistas, como Renan Calheiros, em Alagoas, Jader Barbalho, no Pará, José Sarney, no Maranhão, construíram máquinas políticas poderosas em seus Estados.
Agora, com o afastamento de Dilma Rousseff e a Presidência interina de Michel Temer, o PMDB volta ao comando do governo federal. Por uma decisão do Congresso, como ocorreu das outras vezes em que peemedebistas assumiram a Presidência da República: o cristão-novo José Sarney, eleito vice de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral em 1985, e o histórico Itamar Franco, sucessor de Fernando Collor após o impeachment de 1992. Com Temer, o PMDB tentou se preparar para a tarefa de assumir o governo federal. O partido divulgou dois documentos – Uma Ponte para o Futuro e  A Travessia Social – com propostas de mudanças e reformas nas áreas econômica e social para que o país supere a crise. Uma surpresa, tendo em vista a marca fisiológica do partido e seu desmazelo programático

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