sábado, 18 de junho de 2016

DELATOR DO GOVERNADOR DE MINAS VAI PARA PRISÃO DOMICILIAR


Benedito Rodrigues de Oliveira Neto
Benedito Rodrigues de Oliveira Neto: delação contém vinte anexos(VEJA.com/Reprodução)
O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, apontado pela Polícia Federal como operador do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em esquema de corrupção e fraude eleitoral, foi solto nesta sexta-feira, 17, e está em prisão domiciliar. Bené fechou acordo de delação premiada no âmbito das investigações da operação Acrônimo, que apura recebimento de vantagens indevidas por Pimentel quando ele era Ministro da Indústria e Comércio Exterior.
Ele estava detido desde 15 de abril. Na prisão, ele decidiu colaborar com a Justiça e afirmou que o Grupo CAOA pagou propina de R$ 20 milhões ao governador de Minas Fernando Pimentel (PT). Os pagamentos, segundo Bené, ocorreram entre 2013 e 2014, ano em que o petista deixou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para candidatar-se ao governo. Dos R$ 20 milhões, afirmou o delator, R$ 7 milhões foram repassados diretamente a Pimentel no exterior. O restante teria sido usado na campanha.
Bené fez delação junto ao Ministério Público Federal. São vinte anexos, cada um correspondendo a uma suposta irregularidade envolvendo não apenas Pimentel, mas também outros políticos. Um anexo é denominado 'Evento CAOA'. Para os investigadores, o relato de Bené mostra que Pimentel teria transformado o Ministério numa 'agência de negócios', alterando portarias para atender pleitos de segmentos empresariais em troca de doações para sua campanha.

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