sábado, 11 de junho de 2016

TIA ERON, A MULHER QUE NÃO ESTAVA LÁ


Deputada Tia Eron (Foto: Ailton de Freitas/ Agência O Globo)
A mera existência de Tia Eron como membro do Conselho de Ética é obra de Cunha. Em abril, ela foi escolhida pelo PRB, partido apaniguado de Cunha, para substituir Fausto Pinato, que mudou de legenda e devolveu a vaga no Conselho. Tia Eron é afilhada deMarcos Pereira, presidente do PRB e ministro da Indústria, Comércio e Serviços do governo provisório de Michel Temer. Pereira encontrara-se na véspera com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e saíra de lá com a missão de convencer Tia Eron a salvar Cunha. Não que ela precisasse de tanta recomendação. Tia Eron também é chegada de Cunha. Não só pela afinidade evangélica. Ela já passeou de jatinho com o acusado que agora deve julgar, fez selfies, elogiou sua gestão à frente da Casa... Agora, cabe a ela o voto que pode empatar a recomendação pela cassação do peemedebista. Se ela votar pela cassação, o placar fica 10 a 10 – sim, dez parlamentares ainda defendem Cunha abertamente – e o voto de minerva fica com o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo, declaradamente pró-cassação. Se ela votar contra a cassação, o placar fica em 11 a 9. Dois resultados podem vir daí: Cunha pode ser suspenso por 90 dias, como sugeriu em voto separado o deputado João Bacelar, ou Cunha se livra do processo no Conselho de Ética. Cadê Tia Eron?

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