sexta-feira, 29 de julho de 2016

DEFICIT FISCAL AUMENTA NO GOVERNO TEMER


Dentro das despesas obrigatórias, o resultado negativo no semestre foi provocado pela Previdência Social, que viu seu déficit saltar 80%, para R$ 79 bilhões. Na contramão, o Tesouro Nacional e o Banco Central tiveram superávit de R$ 28 bilhões. No ano, o governo prevê que o déficit da Previdência some R$ 149 bilhões, quase o dobro do registrado em 2015. Diante da gravidade do quadro, a equipe econômica criou dois grupos de trabalho para discutir alternativas com centrais sindicais – ainda sem nenhuma proposta concreta apresentada. Em discussão, estão medidas como o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria e a cobrança do INSS do agronegócio. Em um cenário otimista, a intenção do governo é apresentar alternativas até o fim de outubro. 
>> Meirelles insiste na PEC do teto de gastos - mas ajuste é mais que isso

Já para controlar o avanço do gasto público, o governo enviou à Câmara uma proposta de emenda constitucional (PEC) para instituir um teto que limita o crescimento com base na inflação do ano anterior. A medida, bem recebida pelo mercado, deve ser aprovada ainda neste ano, mas só se refletirá numa melhora da saúde fiscal a partir do ano que vem. Caso a medida não seja encampada pelo Congresso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem apelado para um aumento “pontual” da carga tributária, que pode incluir a recriação da CPMF e um aumento da Cide, imposto sobre combustíveis. A alternativa vai na contramão da intenção inicial de controlar o avanço do gasto público via corte de despesas. No limite, quem pagaria por um ajuste de curto prazo é a população.

Nenhum comentário:

Postar um comentário