quarta-feira, 17 de agosto de 2016

DILMA DIVULGA CARTA E DESAGRADA SENADORES


Ed Alves/CB/D.A Press

A presidente afastada Dilma Rousseff divulgou, nesta terça-feira (16/8), uma carta com o título "Mensagem da Presidente da República Dilma Rousseff ao Senado Federal e ao povo brasileiro". No texto, ela pediu o encerramento do processo de impeachment e, caso isso não aconteça, a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre novas eleições antes de 2018.

O intuito é reverter alguns votos em seu favor no julgamento final que começará no próximo dia 25. No texto de quatro páginas, a petista usa o termo "golpe" para se referir ao impeachment caso seja consolidado e assume uma série de outros compromissos. São necessários 54 votos os 81 para consumar o impedimento. 

LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA

Na leitura da carta, feita no Palácio da Alvorada durante quase 12 minutos, Dilma afirma que "ouviu críticas duras ao seu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas". Segundo ela, a consulta é o caminho para o restabelecimento “pleno” da democracia. 

Em seu recado, Dilma fala da importância de abrir o diálogo neste momento. Antes de ser afastada, em maio, uma das principais críticas contra a petista era a ausência de conversas nas mais variadas esferas do governo. A petista fala em diálogo com o Congresso nacional, com a sociedade civil, os movimentos sociais e empresários.


Ela ainda disparou críticas indiretas ao governo interino e ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que aceitou o pedido de impeachment, no início. "Ao contrário dos que deram início a esse processo ilegal, não tenho contas no exterior, nunca desviei um centavo e não recebi propina de ninguém", afirmou. 

"Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições”, diz um trecho da carta. A presidente afastada se reuniu com várias pessoas para elaboração do texto, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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