quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PROMESSA DE CARGOS E OBRAS DÃO VOTOS CONTRA DILMA NO SENADO


Marcelo Camargo/Agência Brasil - 01/01/2015


Na votação concluída na madrugada de quarta-feira (11/8) que aprovou a continuidade do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente em exercício Michel Temer ampliou a vantagem que obteve há quase três meses, quando a petista foi afastada do Planalto. Os votos a mais foram conquistados com a promessa de distribuição de cargos a apadrinhados de senadores, a garantia de retomada de obras de interesse dos parlamentares e a atuação da trinca de peemedebistas do Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), o líder da bancada, Eunício Oliveira (CE), e o presidente em exercício da legenda, Romero Jucá (RR).

Em 12 de maio, o Senado aprovou o afastamento temporário de Dilma por 55 votos a favor e 22 contra. Na ocasião, Renan não votou - ele, como presidente da Casa, tem essa prerrogativa -, houve duas ausências - Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA) - e o suplente do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), Pedro Chaves (PSC-MS), ainda não tinha tomado posse

Na quarta-feira, o placar foi de 59 votos favoráveis e 21 contrários. Desta vez, Jader, Braga e Chaves votaram contra Dilma. O quarto voto pró-impeachment veio do senador João Alberto Souza (PMDB-MA), que mudou sua posição - na primeira sessão foi a favor da presidente e, agora, votou para julgá-la.


Mudança
Souza disse ontem que mudou seu voto por "questões políticas". "A minha postura foi em função da conjuntura política. Não foi em função de haver cometido ou não o crime. É uma postura de achar que, no momento, fica muito difícil para a presidente governar", disse. "Diga-se de passagem, Temer nunca pediu o meu voto. Mas, evidentemente, conversei com o meu partido."

Temer acompanhou a sessão de pronúncia por telefone ou por informes de ministros e aliados, entre eles Renan, Eunício e Jucá. Os dois últimos se reuniram ao longo do dia com o presidente em exercício.

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