terça-feira, 27 de setembro de 2016

A LISTA DA PROPINA DA ODEBRECHT

Marcelo Odebrecht  (Foto: Luis Ushirobira/Valor )

De um lado, os documentos mostram a preocupação da Odebrecht em manter os nomes sob segredo. Todo político tinha um apelido. Cada obra era codificada. Por outro lado, os valores eram citados abertamente, por e-mail mesmo – um desleixo atípico de uma empreiteira que se deu o trabalho de criar um setor de suborno. Uma das principais mensagens mostrava claramente de que se tratava de propina. Trata-se da explicação do executivo Benedito Júnior ao chefeMarcelo Odebrecht sobre por que pagaria políticos numa obra da OAS. “Somos ocultos, portanto, dentro do acordo que fizemos (não conseguimos ficar dentro do canteiro) a OAS repassa o valor líquido de nossa participação para pagamento de tac e custos políticos”.


A PF descobriu, ainda, que tais valores eram associados à sigla DGI – até agora, um mistério. A partir disso, foi possível constatar uma série de mensagens para tratar de propinas, de valores baixos a pagamentos milionários. Em alguns casos, é possível fazer algum tipo de associação. O Casa de Doido, por exemplo, aparece com R$ 269.790 para a obra do Maracanã. Há apelidos que a PF já conseguiu desvendar, como ocorrera com Palocci. Americano, por exemplo, era Carlos Wilson, ex-presidente da Infraero morto em 2009. Abaixo, uma lista com os apelidos catalogados pela PF e os valores de propina.  Registre-se que um mesmo “apelido”  pode ter recebido mais de um depósito, o que, posteriormente, será detalhado pelos investigadores.

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