segunda-feira, 26 de setembro de 2016

PRESO ANTÔNIO PALOCCI, EX MINISTRO DE LULA

Jefferson Rudy/CB/D.A Press - 23/12/03
A Polícia Federal prendeu o ex-ministro Antônio Palocci, ex-titular da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil de Dilma Rousseff. Na manhã desta segunda-feira (26/9), a Operação Lava-Jato entrou na 35ª fase, apelidada de Ormetá, com o cumprimento de 45 mandados judiciais em seis estados e no Distrito Federal, sendo três prisões temporárias, por cinco dias.

Em 2013, o ex-ministro administrava tinha um saldo de propinas de R$ 70 milhões para administrar para ele e para o PT , de acordo o Ministério Público. Segundo a Polícia Federal, a prisão de Palocci se relacionada a uma ajuda que ele deu à empreiteira Odebrecht e, em troca, obteve para si e para o PT “vultosos valores ilícitos”. Os benefícios à construtora ocorreram na publicação da Medida Provisória 460, que aumentou limites de crédito para financiamento de obras no exterior, e em uma suposta interferência do ex-ministro na contratação de 21 navios-sonda para explorar petróleo na camada do pré-sal. “Conforme planilha apreendida durante a operação, identificou-se que entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo Palocci”, afirma o Ministério Público em comunicado.

O advogado de Palocci, Guilherme Batochio, disse ao Correio que a apuração era desconhecida da defesa. “É padrão Lava-Jato: tudo absolutamente secreto, no estilo ditadura militar”, ironizou. O ex-ministro respondia a um inquérito desde 2015 em Curitiba. No entanto, Batochio informou que se trata de assunto diferente dos apurados nesta fase. “Estamos voltando ao tempo do autoritarismo”, completou o pai dele, o advogado José Roberto Batochio. 

O defensor questionou se a prisão de Palocci era necessária porque ele é médico e tem endereço certo para prestar esclarecimentos: “Ou é espetáculo?”. José Roberto Batochio disse que o nome da operação – “Ormetá”, referência à máfia italiana – é preconceituoso contra o ex-ministro, que tem sobrenome italiano como vários brasileiros. A Odebrecht disse ao Correio que não comentará o caso.

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