segunda-feira, 14 de novembro de 2016

LLUIZ PEZÃO: O RIO DE JANEIRO ESTÁ FALIDO

Luiz Fernando Pezão governador do Rio de Janeiro (Foto: Guito Moreto / Agência O Globo)
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, encerrou o expediente às 3 horas da tarde por recomendação médica. Aquela terça-feira, 1º de novembro, era seu primeiro dia de trabalho após sete meses de afastamento para se tratar de um câncer no sistema linfático, que afetou sua coluna vertebral. Aos 61 anos, Pezão ainda sofre “os efeitos violentos” das sessões de quimioterapia pelas quais passou: perdeu massa muscular, não pode ficar muito tempo em pé e monitora as taxas de cálcio e vitamina no sangue. Os médicos recomendaram que Pezão trabalhe em média quatro horas por dia. “Não dá. A situação é muito grave”, diz. A situação do estado do Rio de Janeiro, não a do governador, entenda-se. O Rio terminará 2016 com um rombo histórico de R$ 17,5 bilhões nas contas, somado a uma perspectiva sombria. Só haverá dinheiro suficiente para pagar sete meses de salário dos servidores durante 2017.
Na quarta-feira, dia 9, Pezão peregrinou pelos gabinetes em Brasília atrás de ajuda. Segundo ele, teve uma jornada de 14 horas de trabalho. No dia seguinte, o Tesouro Nacional bloqueou R$ 140 milhões das contas do estado pelo calote em parcela da dívida com a União. Pezão telefonou para o presidente Michel Temer, seu colega de PMDB. “Presidente, o estado está ficando ingovernável”, disse. Pediu trégua ao Tesouro na cobrança da dívida, mas não foi atendido. Temer não tem como afrouxar a corda no pescoço do Rio. Em represália, Pezão ameaça pedir a intervenção federal no estado, o que tornaria Brasília responsável pelas finanças do Rio e poderia derrubar o teto de gastos da União aprovado no Congresso

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