terça-feira, 29 de novembro de 2016

UM GOVERNADOR QUE SÓ PEDE DINHEIRO

Na noite da terça-feira (22), a 1.200 quilômetros da tensão que se elevava na Cidade de Deus e na Alerj, o governador Luiz Fernando Pezão reunia-se com o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Brasília. Entre 21 e 23 horas, Pezão destrinchou os números da penúria fluminense, sintetizados no astronômico déficit de R$ 17,5 bilhões neste ano, no gabinete da Presidência no Palácio do Planalto. Enquanto a Polícia Civil se articulava para fazer uma operação nas ruas e casas da Cidade de Deus, Pezão dizia que as equipes de inteligência das polícias detectaram que o número de fuzis nas mãos de bandidos, já elevado, pode aumentar exponencialmente com o  fim do conflito na Colômbia entre o Exército e as Farc. “O Rio não fabrica fuzis: recebe-os de fora, pelas rodovias”, diz Pezão. “Apreendemos só até aqui 280 fuzis no ano. Imagina o que vai acontecer com a desmobilização das Farc?”.
 O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (Foto: André Coelho /Agência O Globo)
Pezão saiu da reunião com a promessa de ajuda. “Estou sempre pedindo”, diz Pezão. “Fui pedir ao governo ajuda para fazer essa travessia.” Também pediu ajuda à secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, e à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia. Queria sensibilizar Cármen sobre o julgamento de ações que podem assegurar recursos para o estado.

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